O uso do gelo na fisioterapia
A crioterapia é o resfriamento ou diminuição da temperatura dos tecidos
com finalidades terapêuticas. O frio caracterizado pela diminuição dos
movimentos moleculares de um corpo, transfere energia térmica para fora
dos tecidos. Essa energia é absorvida pela modalidade de frio aplicada
(compressas com bolsas de gel ou gelo picado, de tecidos, turbilhão
frio).
A perda de calor pelo corpo faz com que o mesmo responda com uma série
de reações locais e sistêmicas de conservação de energia. A
vasoconstrição sistêmica e a diminuição da freqüência cardíaca tentam
manter a temperatura corporal pela limitação da velocidade de circulação
do sangue resfriado.
Efeitos Locais da Aplicação do Frio
Vasoconstrição;
Redução da taxa metabólica;
Redução da necessidade de oxigênio;
Redução da produção de resíduos celulares;
Redução da reação inflamatória;
Redução da dor;
Redução do espasmo muscular reflexo;
Efeitos Sistêmicos Gerais da Exposição ao Frio;
Vasoconstrição generalizada;
Redução das Freqüências cardíaca e respiratória;
Tremores;
Aumento do tônus muscular.
A utilização da Crioterapia
A utilização do termo crioterapia é sujeita as diversas definições e
opiniões. Talvez a controvérsia quanto ao assunto se deva ao fato de
poder utilizar o método logo após a uma lesão musculoesquelética, ou
durante a fase crônica.
O uso do gelo nem sempre diminui a resposta inflamatória, como muitas
vezes se preconiza, pois, como se sabe, a resposta inflamatória tem que
ocorrer no processo de reparação tecidual.
O gelo diminui os sinais cardinais da inflamação (dor, edema, hiperemia, aumento da temperatura e diminuição da função).
A indicação da crioterapia em fase inflamatória é restrita
principalmente à diminuição da dor e do edema, mas às vezes não
limitando a inflamação.
É indicado que o gelo seja utilizado nas primeiras 24 a 72 horas após a
lesão, como prioridade e depois ser mantido como diminuição do edema e
sendo assim também alivio da dor local.
O tempo de aplicação, a literatura preconiza de 15 a 20 minutos no
máximo por local, para que o efeito seja benéfico de vasoconstrição e
não o contrário de vasodilatação, e esta aplicação podem ser realizados
varias vezes no dia, depende de como está à lesão e qual objetivo a ser
alcançado.
Como usar?
Somente com o uso prolongado da crioterapia consegue-se relaxamento
muscular efetivo, essencial na recuperação de uma lesão, sendo que:
A diminuição da temperatura dos tecidos profundos, como os músculos, não começa antes de alguns minutos de aplicação;
A diminuição de temperatura ocorre mais gradualmente e em menor magnitude que no tecido subcutâneo;
A profundidade do tecido determina por quanto tempo esse efeito é sustentado.
O retorno à temperatura normal é determinado pela quantidade de
temperatura removida e pelo fluxo sangüíneo disponível a irrigar a área.